sábado, 19 de abril de 2014

De esperançosa para decepcionante, a temporada do Knicks:

Acabamos de sair de uma temporada de mais de cinquenta vitorias. Contratamos (ou renovamos o contrato) de ótimos defensores, como Ron Artest (Metta World Peace) e Kenyon Martin. Tínhamos uma estrela em Carmelo Anthony e um elenco em JR Smith, Tyson Chandler, Iman Shumpert e etc, certo? Errado. A temporada parece que foi feita para provar a Lei de Murphy: deu tudo errado, da pior maneira, no pior momento, de modo que causou o maior dano possível.

Nos primeiros vinte e quatro minutos de basquete, tudo parecia perfeito. Uma vantagem de 25 pontos contra o Bucks, que todos pensavam que seria um time de Playoffs, no intervalo, com o time jogando muito bem. Teve gente até que achou que esse time seria melhor que o da temporada passada. Mas o intervalo acabou e veio um aviso do que seria a temporada. A vitoria veio, mas com muito trabalho.

Eu pensei que o problema fosse simplesmente entrosamento. Demorei a perceber e admitir que Bargnani é um problema para o time. Afinal, com Tyson Chandler jogando muito bem e com Carmelo não poderíamos ter uma temporada ruim, né? JR Smith ainda não tinha voltado, com o tempo iria melhorar. Mas ficou claro que não era isso. Uma sequência de nove derrotas seguidas, contando ainda com uma lesão de Chandler, mostrou que era algo bem pior que isso.

Duas vitorias seguidas por trinta ou mais pontos, contando com a maior vitoria da história do Knicks contra o Magic, enganou alguns. Mas isso não duraria muito tempo. Derrotas humilhantes para adversários fracos e derrotas sofridas contra times péssimos voltariam a acontecer.

Bargnani jogando de pivô não funcionou, obviamente. Amar'e estava atuando como o pior jogador da NBA, por muito. Chandler voltou a quadra, mas não como estava jogando. Para piorar, Kenyon Martin se lesionou. Tyson simplesmente não era o mesmo. Ele deveria proteger o aro, mas os adversários simplesmente atacavam o aro quando quisessem, como se um tapete vermelho estivesse lá.

As lesões não perdoaram. Carmelo perdeu três jogos, Shumpert não jogou em alguns. Felton machucou o dedo. Ron Artest nem parecia que estava no elenco...

2013 acabou e parecia que um novo time apareceu para 2014. Seis vitorias seguidas, passando por jogos muito difíceis, como o contra o Spurs em San Antonio. Mas uma série de cinco derrotas seguidas logo após isso nos trouxe de volta a vida real. A montanha russa continuou. Sete derrotas seguidas imediatamente antes de uma série de nove vitorias seguidas, depois duas derrotas humilhantes para times ruins. Lógica pra que, né?

Muitos fizeram a besteira de esperar uma reação e até comparar com times históricos, inclusive eu. O time tinha talento, mas um outro problema impedia qualquer chance de vaga de pós-temporada: o técnico é ruim. Mike Woodson errou diversas vezes, até mesmo em coisas mais simples que respirar. Mas errar é humano, né? Mas permanecer no erro é idiotice, e foi exatamente o que ele fez. Se recusando a usar as melhores lineups, usando Carmelo mesmo quando ele mal podia usar o braço direito, entre outras coisas que dariam um livro se fossem escritas.

Claro, Woodson não é o único culpado. Beno Udrih, que foi contratado para ser mais uma boa opção saindo do banco, não rendeu absolutamente nada. Ele fazia Amar'e Stoudemire parecer Walt Frazier na defesa, se comparado a ele. JR Smith foi extremamente irregular, apesar de melhorar no final. Shumpert não conseguiu render o esperado dele, foi bem pior que isso.

Enfim, a temporada que devia nos impor como um time que briga por título virou um pesadelo. Já vivenciamos equipes ruins nesse século, mas é muito pior quando você espera uma boa temporada deles. O que aconteceu foi simplesmente péssimo. Espero nunca mais ter que assistir uma temporada dessa.

Agradecimentos: Pistons Brasil.

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