sábado, 31 de maio de 2014

Lendas do Knicks - #30 Bernard King

 
Nome: Bernard King
Posição: SF (Small Forward - Ala)
Altura: 6'7 (2,01m)
Draft: Draftado com a 7th pick no Draft de 1977
Médias com o Knicks: 26.5 PPG, 5.2 RPG, 2.8 APG, 1.2 SPG, 54% FG, 76% FT.
Honras: 1977-78 All-NBA Rookie Team, 4x All-NBA Team, 6x Player of the Week, 2x Player of the Month, 4x NBA All-Star. Eleito para o Hall da Fama.

King começou a jogar basquete na terceira série, na escola. Nenhum dos seus amigos conseguia colocar a bola na cesta, e isso o incomodava bastante. E, quando conseguiu, disse que "fazer uma cesta é um sentimento sensacional". Era o começo da jornada no esporte de um dos melhores da história.

Naquele tempo, a Big East ainda não existia. Por causa disso, os melhores jogadores da área geralmente saiam de New York para ir a algum "college". Foi o caso de Bernard, que chamou atenção por suas ótimas atuações e foi chamado para a Universidade do Tennessee.

Aos 18 anos, King foi para o Tennessee disposto a se provar como jogador. E, por isso, começou uma nova Era na Universidade. King marcou 42 pontos no seu primeiro jogo como calouro, um alerta para os que não conheciam. Ele tinha um talento especial, era muito difícil marca-lo. Se você optasse por marcação por zona, ele podia acertar cada jump-shot existente. Se optasse por marcação individual, ele podia te dominar no post up. As suas médias de 26.4 pontos e 12.3 rebotes eram ótimas para o seu primeiro ano.

Com a ajuda de Ernie Grunfeld (que fez parceria com Bernard), King mudou a fama de Tennessee de ser um local só de futebol americano. Como resultado, além da média geral de 25.8 pontos e 13.2 rebotes nos 3 anos lá, King foi eleito duas vezes para o NCAA AP All-America e ganhou o prêmio de jogador do ano da SEC (Conferencia Sudeste) em todos os seus anos na Universidade, chamando assim a atenção de vários times da NBA.

Infelizmente, não foi aí que começou sua jornada com o Knicks. King iria passar por diversos problemas, algumas honras (como o de ser escolhido para o time de novatos ou o de ser escolhido para o time ideal na NBA na temporada) e três times antes de chegar ao Madison Square Garden. O garoto de Brooklyn veria seu sonho se realizar.

"Eu cresci vendo Willis Reed, Dave DeBusschere, Earl Monroe e Walt Frazier. Então, pra mim, quando eu coloco esse uniforme, eu represento a história do Knicks. Eu represento Brooklyn. Eu represento a cidade. Represento a minha casa. E você só vai ver e conseguir o melhor de mim.", disse King. Viver esse sonho influenciou ele.

A facilidade com que ele entrava na intensidade de um jogo, algo que seus companheiros chamavam de "the game face", é algo sensacional. King era um pontuador nato, uma maquina ofensiva. Marcando quase 33 pontos por jogo, King brigou com Larry Bird até o último minuto pelo MVP da temporada. Não deu. Apesar de sensacional, o jogo de King não chamava tanta atenção. Não podíamos dizer o mesmo do conjunto da obra. Bernard marcou 100 pontos em duas noites. Primeiramente, uma atuação extraordinária contra o Spurs, 50 pontos em 86% FG (20-23), só para marcar os mesmos 50 na noite posterior, contra o Dallas Mavericks. 60 pontos em 63% FG (19-30) como presente de Natal para o New Jersey Nets.

Mas King não era efetivo somente em pequenos períodos de tempo. Média de 30 pontos por jogo em 60% FG durante 40 partidas. Não era efetivo somente na temporada regular. Média de 42.6 pontos por jogo em 60% FG na série contra o Pistons de Isiah Thomas, Marcando 44 no jogo decisivo em Detroit, decidindo na prorrogação, apesar de 39° graus de febre, só pensando que a vitoria não seria negada à ele.

Seu aproveitamento parecia algo tirado de videogame. Era genuinamente surpreendente quando King errava. Volte aos Playoffs. Com o Knicks, King teve médias de 31 pontos por jogo com 57% FG nas duas pós-temporada que disputou, além dos 5.4 rebotes e 2.7 assistências. Seu talento era magnifico e finalmente o mundo da NBA estava vendo isso. E aí, uma lesão parou sua carreira. King fez 12 pontos em 6 minutos contra o Kansas City Kings, antes de cair embaixo da cesta segurando o joelho. Ruptura no ligamento cruzado anterior.

Ninguém voltava dessa lesão na época. Seria necessário uma cirurgia reabilitadora geral e anos de reabilitação só para recuperar as funções básicas. Foi assim que pensou a diretoria do Knicks. O Garden explodiu quando ele foi anunciado, exatamente no 76° jogo da temporada 1986-87 (exatamente um ano depois). Todos esperavam uma recuperação. Tomando a decisão de o trocar para o Wizards, o time perdeu a chance de vê-lo jogando com um tal de Patrick Ewing. King, mais uma vez, passou por cima das adversidades e voltou a ser uma estrela.

A NBA já o reconheceu como estrela que ele é, e uma prova disso é a sua eleição para o Hall da Fama. A Universidade do Tennessee também, aposentando o seu número 53 - inclusive, foi a primeira vez que a Universidade aposentou algum número - e o homenageando. Só falta um certo time de New York. Seu número, o 30, já deveria estar exposto nas paredes do Madison Square Garden. Quem sabe nos próximos anos.

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